quinta-feira, 26 de novembro de 2015

"Risadas no Túnel da Luz"


Na hora da minha passagem, eu não senti nada.
Simplesmente caí durinho da silva... Foi enfarte agudo do miocárdio.
Eu apaguei de súbito e, quando despertei, já estava fora do meu corpo, que, a essa altura, era cadáver embaixo de sete palmos de terra.
Foi tudo mais simples do que eu imaginava.
Na verdade, eu era igual a todo mundo: nem pensava nessas coisas; não porque tivesse medo... mas porque eu não ligava mesmo. Esse sempre foi o meu jeito de ser.
Eu “não esquentava a muringa” com nada! Acho até que, por isso, tudo foi bem comigo. E olhe que eu não tinha sentido nada antes (nem uma fisgadinha no peito).
Também não tive intuição nenhuma de que eu estava na rota do fim do corpo...
Eu era a “bola da vez” e nem desconfiava disso. Eu só tinha 38 anos de idade física!
O meu único vício era o cigarro, que causou o meu problema físico.
Foi isso: apaguei e subi, sem nada ver.
Depois tudo me foi esclarecido e eu aceitei a situação numa boa.
Vários amigos espirituais me deram apoio e energia, e rapidamente eu me vi em condições normais. Também me deram um aperto daqueles, por causa do cigarro.
Foi só isso que me atrapalhou um pouco no início: eu ainda tinha vontade de fumar. Levei um tempo para resolver isso, mas, fora isso, eu estava numa boa.
Com o passar do tempo, tudo ficou normal para mim. Recuperei algumas memórias de outras vidas e também do meu tempo extrafísico entre as encarnações.
Tive condições de entender o meu processo evolutivo e toquei a bola para frente... Hoje eu estou lotado com a turma da Companhia do Amor**.
E olhe que eu nem sei escrever legal, mas o meu jeitão despojado e descolado me aproximou deles. Eu não sou poeta nem escritor, mas tenho uma coisa boa: sou bem humorado e não julgo ninguém. Aliás, detesto ficar olhando as coisas dos outros.
Por isso, jamais fico estressado com as tolices alheias. O meu trabalho é ajudar os recém-desencarnados a se adaptarem de volta à vida no Astral.
E eu chego neles com bom humor e os ajudo na transição entre os planos. Vou logo dizendo que não sou anjo e que está na hora de “cantar para subir!” O meu mantra é esse aqui: “Vamos nessa...”
E assim vou fazendo, há muitos anos, e sempre contente!
A minha prosa é essa: “fazer a galera subir de volta para casa, todos rindo”.
Nisso eu sou campeão, pois, se “não rir, não sobe!”
Ou seja, o lance é sem xurumelas. Nada de queixumes e demandas no túnel de luz.
É assim que as coisas rolam aqui no nosso grupo extrafísico, tudo em nome do Papai do Céu, que é a nossa grande inspiração.
Então, fique aí, na boa, enquanto nós ficamos por aqui, também na boa.
Vamos nessa, que é bom à beça!
 (Depoimento de um Espírito sobre a Passagem Final)
- Carlos, da Companhia do Amor -
A Turma dos Poetas em Flor.
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Caxias do Sul, 26 de abril de 2015.)
 "Om Shanti Om"
- Notas:
* Túnel de luz – há muitos relatos sobre a passagem por dentro de um túnel de luz no momento da transição do plano físico para o plano extrafísico (tanto por parte de espíritos desencarnados, quanto por parte de projetores extrafísicos e pessoas que passaram por experiências de quase-morte). Na verdade, esse túnel é uma espécie de portal extrafísico que se abre sobre a pessoa em momentos de mudança de planos de manifestação. É um atalho espiritual por entre os diversos planos. A pessoa se sente arrebatada para dentro de uma passagem luminosa, que tanto pode se configurar como um túnel ou uma porta, por exemplo. E, do outro lado, está alguma presença extrafísica aguardando-a (normalmente, um dos seus guias espirituais).

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